26/07/2017

Belezas Culturais: Busto de Lima Barreto

Foi na minha rápida passagem pelo Rio de Janeiro em setembro de 2013 que fotografei este busto em homenagem ao escritor Lima Barreto (1881-1922), que publico aqui no dia que inicia a edição deste ano da Festa Literária de Paraty (Flip), que vai de hoje a domingo e o tem como escritor homenageado. 

O busto é de autoria do escultor carioca Edgar Duvivier e foi inaugurado em 12 de março de 2011, no ano do 130º aniversário do escritor. A escultura, de apenas 60cm de altura, se localiza na Rua do Lavradio, centro do Rio, em frente ao número 126, nas proximidades dos Arcos da Lapa, e perto de uma antiga residência do homenageado. É o segundo busto de Lima no Rio - o primeiro existe desde 1935 na Ilha do Governador, onde ele passou a infância. 

Lima Barreto definia sua literatura como 'militante'; nela, em romances como Triste Fim de Policarpo Quaresma (1911) e Recordações do Escrivão Isaías Caminha (1909) e contos como O homem que sabia javanês (1911), Lima denunciava a hipocrisia reinante na elite brasileira, com os poderosos se apoiando no racismo, na exploração dos mais pobres e usando uma rede de favores para se manter no poder. Seus escritos punham em local de destaque os pobres, os boêmios e os arruinados. Sua prosa, livre das frases rebuscadas comuns na literatura do começo do século, influenciou os modernistas da Semana de 1922.


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